Cheguei em São Paulo na tarde da sexta-feira, fiquei em casa descansando mas quando meus amigos chegaram do trabalho conversamos muito tomando varias garrafas de vinho. No sábado acordei cedo e fui ao mercado fazer algumas compras para a concentração. Fui buscar o kit no Ibirapuera por volta das 11:30hs e quem estava na minha frente pegando o seu kit era o cantor Amado Batista. Depois conversei um pouco com Tomaz da Contra-Relógio. Conheci um corredor que pelo que diz só corre ultra-maratonas com mais de cem kilometros, se chama Adão e disse que ficou no pódio varias vezes, era um fera. Disse que iria escrever uma matéria para a Contra-Relógio. Depois voltei para casa e descansei um pouco pois teríamos um encontro com corredores blogueiros para jantar. De novo tomei vários chopes. O encontro foi muito bom, conheci corredores de São Paulo, do Rio, Miguel Delgado de Minas, que já conhecia e fomos três de Pernambuco. Estava mais tenso do que em Porto Alegre, não sei se era porque era a segunda, a responsabilidade era maior, sentia obrigação de concluir o que não sentia em Porto Alegre. O encontro foi muito bom, parecíamos que éramos amigos há muito tempo, mas acho que ficaremos amigos, pois temos os blogs para nos conhecermos melhor. Depois do jantar no Rascal da Alameda Santos, fos para o café , acho que é Starburks, local muito gostoso. Fomos para casa já por volta das 10:00 hs para começar a preparação para a Maratona. Acordei cedo e comecei a preparação que levo aproximadamente 1:30hs. Ligo para Júlio para irmos de táxi para a largada mesmo estando próximo do Ibirapuera, 1,5 km, mas a ansiedade não permitia ir para lá, pegar o ónibus. Preferimos ir de táxi. Hideaki também ofereceu um bigu mas que só iria as 8 hs, mas não aceitamos porque queríamos chegar mais cedo, curto muito o clima da largada. Tiramos muitas fotos com colegas blogueiros que só conhecíamos pela Internet e outros que conhecemos na noite anterior. Júlio levou uma bandeira de um timinho daqui de PE que só deu problema para ele. Depois da largada da elite feminina procurei me colocar num lugar tranquilo para a largada. Estava sozinho, mas conversei com outros corredores, relembramos o longo tempo de treinamento para estar ali naquele momento. Foi tocado o Hino Nacional, não me lembro se em Porto Alegre tocaram, depois veio o tiro de canhão e me lembrei da Comrades, prova que pretendo participar brevemente, começamos a correr e para minha surpresa vem uma emoção forte e cruzo a largada chorando, mas alegre. Estava com uma camisa que tinha a bandeira de Pernambuco, meu nome e o nome do meu grupo de corrida. Escutei muitas brincadeiras, até pela minha lentidão quando estava sendo ultrapassado um corredor disse que eu devia ter comido uma jaca, o nome do meu grupo é Associação dos Corredores da Jaqueira (Acorja). Logo nos primeiros 5 km vejo um cara estatelado no chão, mas já estava sendo assistido por varias pessoas e parecia consciente. Vou em frente, nos primeiros 21 km me sinto melhor do que em Porto Alegre mas a segunda parte foi muito difícil, aquelas voltas dentro da USP eram intermináveis, quando pensava que ia sair voltava. Neste momento corria entre os vinte últimos, embora tinha muita mais por causa dos que corriam os 25 km e que eram mais lentos do que nós da Maratona. Vi um grupo que até pic-nic fez, alongamentos, correr na grama, cortar caminho. Teve uma parte na USP que não tinha fiscalização e muita gente procurava o caminho mais curto. De repente vem um corredor de São Paulo, muito chateado dizendo que tinha sido pressionado pelos ónibus da organização para abandonar e entrar em um dêles, neste momento para para tirar uma foto da caravana de onibus que vinha nos seguindo nos últimos 12 km. Eram os ónibus que traziam os corredores que tinham terminado os 25 km e voltavam para o Ibirapuera. Depois da foto aumento o ritmo para me afastar deles e tento correr no regulamento, mesmo com muito esforço, com ameaça de coimbrãs em alguns momentos. No meu Garmin o meu ritmo daria para chegar próximo dos 5:45', e vou tranquilo, embora desejasse chegar abaixo do meu tempo de Porto Alegre. Da USP até o Ibirapuera foi uma corrida mais difícil mais concentrado, forçando para baixar o tempo. Para minha surpresa quando chego perto do Ibirapuera meus amigos me esperavam então fiz o ultimo km sendo fotografado todo o tempo. Mas a decepção foi grande quando vejo o relógio da chegada, marcava 6:20' e olhava para o meu e marcava 5:47'. Procurei um representante da corrida e argumento que aquela hora que o relógio marcava era o da elite feminina, mas ele discorda e tenta explicar mas não me convence. Depois converso com amigos que terminaram em tempos diversos e todos disseram que o relógio da prova estava de acordo com o deles, então não sei o que aconteceu mas quando já não estava gostando do tempo que meu relógio marcava imaginem ter de aceitar o da prova 27 minutos a mais. Tento ficar satisfeito por ter terminado minha segunda Maratona em 8 dias e com 60 dias como corredor. Estaria muito satisfeito se tivesse terminado com recorde mais não foi possível e tento justificar para mim que só o fato de terminar é uma vitória. Vou para casa andando com muita dificuldade e perto de casa para num bar e tomo duas cervejas original super geladas, muito gostosas. Vou para casa, tomo um banho e chega os amigos com um litro de The Famous Grouse para festejarmos, tomo três doses e um litro d'agua para cada dose. Durmo super tranquilo e acordo praticamente sem dor, só um pouco nas articulações, na parte anterior da coxa não doía nada como tinha acontecido em Porto Alegre e que doeu até a 4ª feira e que me deixou tenso com mêdo de não poder correr em São Paulo. Que venha agora a Maratona do Rio, no dia 28/06/2009 e que tentarei fazer sub 5:45'.
or volta das 9hs. O meu tempo no meu garmin foi de 5hs53 com 41,95km. Quando cheguei o relogio oficial marcava 6hs20. Questionei os organizadores argumentando que aquele era o tempo da elite feminina. Nos que vínhamos atrás fomos pressionados a abandonar, tinha percurso que já nao tinha fiscalização e pessoas que mostrassem o percurso, uma das passagens dentro da USP vi corredores fazendo percursos diversos. Vínhamos com vários ónibus nos seguindo e um corredor de São Paulo muito chateado comentou que tinha sido pressionado para entrar no ónibus. Neste momento aumentei o meu ritmo para me afastar deles, aconteceu em alguns lugares passagem de veículos do transito normal em grande quantidade e as vezes parávamos para dar passagem aos veículos.
