sábado, 14 de novembro de 2009

ULTRA TRAIL SERRA DA FREITA - AVEIRO - PORTUGAL

A Freita
A serra da Freita faz parte do maciço da Serra da Gralheira, juntamente com a serra da Arada e do Arestal. É uma região de grandes contrastes, de relevo áspero e imponente. Ao austero planalto, onde só florescem os matos rasteiros, contrapõem-se os profundos vales encaixados, atapetados de espesso arvoredo, por entre o qual correm rios rebeldes e tumultuosos.
As pequenas aldeias que salpicam a serra, ora se escondem nos recônditos das rugas da montanha, ora se empoleiram a meia encosta, em airosos anfiteatros rodeados de socalcos laboriosamente talhados ao longo dos tempos. O casario de pedra confunde-se com o próprio monte, num perfeito mimetismo que a construção em pedra lhes dá. Apenas algumas casas pontuam pela diferença, destacando-se pela cor berrante das paredes ou por ostentarem uma arquitectura desajustada, fruto de novos tempos e gostos de outras paragens.






II Ultra-Trail Serra da Freita

OS BRAVOS DO PELOTÃO
Com apenas dois anos de vida, o Ultra-Trail Serra da Freita volta a afirmar-se como uma prova bem ao gosto daqueles que, radicalmente, fazem da corrida em montanha um desafio as suas próprias capacidades e limites. Desenrolando-se ao longo de 50 quilómetros, a prova percorre alguns dos mais belos trechos da Serra da Freita (Arouca), no interior norte do Distrito de Aveiro, “oferecendo” aos participantes um sem número de oportunidades de testarem a sua própria auto-determinação, sentido de orientação, autoconfiança e as capacidades físicas mais intrinsecamente ligadas ao factor “resistência”. Isto para além do espírito de grupo que cada um poderá desenvolver se, em grupo, decide levar por diante tão dura empresa.
O arrojo da iniciativa pertenceu à Confraria Trotamontes e ao popular José Moutinho - o primeiro ultramaratonista português - e contou com os preciosos apoios da Câmara Municipal de Arouca e da Associação dos Amigos da Cultura e do Desporto de Ponte de Telhe. Relativamente à primeira edição, o número de participantes quase que duplicou. De facto, foram oitenta e três os “ultra-trailistas” que lograram chegar ao fim (contra os quarenta e cinco de 2006), muitos deles a repetir aqui a experiência deveras marcante da edição inaugural. Num percurso ainda mais selectivo e exigente, a preparação e o nível técnico dos atletas revelou-se bem superior ao do ano transacto, com 79 participantes a concluírem a prova em menos de 10 horas contra apenas 34 em 2006.
Desta feita o Ultra-Trail contou com a presença dum nome bem conhecido nestas andanças, o “mediático” Dean Karnazes (Estados Unidos). “O homem da ultra-maratona” viria a concluir a sua prova na 25.ª posição, com o tempo de 7h36m22s.

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