quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MARATONA MAURICIO DE NASSAU - 15/11/2010 - RECIFE - PE - BRASIL

Finalmente chegou o dia da Maratona Maurício de Nassau, minha 34ª Maratona e a 1ª na minha cidade.  Há aproximadamente 30 dias venho me preparando psicologicamente para conseguir me sair bem. Passo a noite bem, acordo antes do despertador mas tranquilo, descansado. Ainda estou em duvida qual roupa ir e de ultima hora vou de camiseta e viseira, diferente das corridas anteriores. Esqueço o sol quente e vou focado na maratona. Decidi levar o GPS mas iria tentar correr sem olhar. Chegando lá vou encontrando os colegas e procuro conversar com os que iriam fazer a maratona pela primeira vez. Tiramos algumas fotos e me dirijo para a largada e antes vou urinar antes de começar. Ligo o GPS e nada de ligar e fico um pouco ansioso, mas não consigo ligar e começo a aceitar correr sem relógio ou GPS pela primeira vez. Me coloco a uns 10 metros do tapete e largo tranquilo, ainda lento para deixar os mais apressados passarem.  Saio bem, disposto, sentindo força e vou tranquilo, sem relógio mas tentando fazer o melhor de maneira equilibrada. Logo no começo fui me distanciando dos conhecidos que são  mais rápidos. No Viaduto das Cinco Pontas escuto alguém falar Maratonista Camarada e diz que é o Fábio Castelo Branco, que já vínhamos conversando nas mensagens.  Estou indo bem, meio confuso, sem saber o tempo mais tentando dar o máximo quando começo a encontra a turma dos 10 km voltando e vejo alguns conhecidos. Logo depois começo a encontrar a turma da meia que já começava a voltar junto com a turma da maratona. O pessoal dizia que eu estava indo muito bem, já com quase 15 km sem caminhar, acho que fiz os 10 km perto dos 60'. Percebo que a maioria que estava próximo era a turma da meia e começo a perceber que logo vou correr muito só. Até agora o suporte d'agua esta perfeito. Na volta próximo ao Cabanga já começo a caminhar mas vou tentando retomar logo. Próximo ao viaduto passamos por um suporte d'agua e avisam que é o ultimo da meia e fico tranquilo que quando passasse pela meia teria outro mas na esquina mandam a meia para a direita e a maratona para a esquerda e não vejo nada de agua, começo a perguntar pois já fazem uns 3 km e ninguém sabem informar e ficam dizendo que era 500m a frente mas nada e só vou encontrar perto do Hospital Naval com quase 6 km de distancia, menos de 2 km a frente aparece outro e com 1 km outro, então houve falha na distribuição. Vou em direção a Olinda e ate agora não venho sentindo o efeito do sol que já estava forte, o nublado que ate agora predominava foi desaparecendo. Começo a contar os KM e somar, diminuir, e vejo que é sinal de cansaço. Continuo muito atento a hidratação  e encontro o posto do isotónico que esta num lugar estratégico mas seria  perfeito se estivesse uns 2 km antes e na volta  passaríamos com um espaçamento maior. Até agora mesmo com estes problema dos postos d'agua estou achando tudo perfeito, porque todas as maratonas também encontro estes defeitos. Chegando no KM 32 já começo a sentir o efeito do calor e a pensar no próximo posto d'agua. Chegando em Santo Amaro  já encontro o trânsito livre e na Rua Aurora já não encontro ninguém para direcionar e nenhum sinal da maratona, nem parece que  estamos numa maratona porque não tem nenhuma marcação e quando chego na Praça da Republica continua sem nenhuma marcação e penso que se fosse de fora certamente não chegaria e mesmo sabendo o caminho ainda pergunto em qual rua é a chegada a pessoas que estavam passando. Depois escuto que na meia o problema foi ainda pior pois não tinha ninguém depois da ponte e em vez de irem pela beira rio após a Livraria Cultura iam em direção ao Marco Zero como em outras corridas. Chego com 05:40':27'', no tempo bruto. Chego inteiro, bem hidratado, achando que foi muito mais fácil do que esperava. Vou entregar o chip, pegar a medalha e vou logo procurar uma cerveja. Tinil e Júlio estavam tomando cerveja e fotografaram a minha chegada.

2 comentários:

  1. Caro Ésio,
    No viaduto das Cinco Pontas, quem se identificou como Fábio Castelo Branco fui eu mesmo. Impressionante o seu relato acima; até parece que eu é que estava lá correndo no seu lugar, tamanho o realismo repassado em suas palavras. Domingo tem EcoCorrida das Bandeiras (10 km, sendo 70% por estradas de terra dentro da Mata Atlântica do Curado), mas não é maratona.
    Um abraço.

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  2. Fabio, ainda não tive o prazer de participar desta corrida porque é no mesmo dia da Maratona de Curitiba. Estou terminando de arrumar minha bagagem para viajar. Tentei dizer que foi você que falou até porque não çhe conhecia pessoalmente nem de foto.

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